Mike Dunleavy, governador do Alasca, se insurgiu em declarações à emissora norte-americana Fox News contra a decisão do governo de Joe Biden de cancelar os arrendamentos de terras em seu estado para o desenvolvimento das indústrias de petróleo e gás, argumentando que tal só prejudicará a economia dos EUA.
O presidente norte-americano cancelou na quarta-feira (6) sete arrendamentos de petróleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico (ANWR, na sigla em inglês) do Alasca assinados por Donald Trump, interrompendo anos de tentativas de perfuração em uma região protegida de mais de 52.000 quilômetros quadrados.
Dunleavy acusou Biden de violar a lei, e que não consegue se lembrar de um único caso na história de qualquer Estado ou império em que o governo tenha criado tanta interferência para si mesmo.
"Se ele está disposto a violar essa lei, com certeza violará outras", disse Dunleavy, destacando que os impostos provenientes da atividade de petróleo e gás no Alasca proporcionam financiamento fundamental para as comunidades de todo o Estado e para os serviços públicos, escolas, moradia, assistência médica e serviços de emergência.
"Está ocorrendo este estranho ciclo em que perdemos receita, empregos, a diminuição dos custos de energia, e nossos adversários estrangeiros seguem ganhando", disse ele. Dunleavy acredita que tais políticas estão prejudicando o Alasca, e indica que o governo do estado pretende contestar a decisão do presidente no tribunal.
A Rússia, a China, a Arábia Saudita e o Irã "estão rindo dos Estados Unidos da América", disse Dunleavy, garantindo que a medida "não faz absolutamente nenhum sentido de nenhum ponto de vista", a não ser que o líder norte-americano queira aumentar os preços do petróleo e do gás o suficiente para tornar algumas fontes de energia renovável mais baratas em comparação.