A destruição dos tanques ocidentais foi confirmada pelo Reino Unido, que aparentemente não deu sinais de que vai substituí-los.
O ex-fuzileiro naval dos EUA Brian Berletic afirmou que o Ministério da Defesa do Reino Unido criou o mito de que os tanques Challenger 2 não poderiam ser destruídos no campo de batalha, e que em conflitos anteriores os britânicos utilizaram o tanque com o máximo de cuidado para não o expor ao perigo.
Isso por que, na verdade, estes tanques sofreram sérios danos no Iraque, tendo inclusive sua blindagem perfurada, fazendo com que seus tripulantes sofressem graves ferimentos, observou o ex-fuzileiro.
Além disso, Berletic afirmou que agora o Challenger 2 foi enviado ao campo de batalha na Ucrânia, onde se deparou com os equipamentos russos, que possuem capacidades muito superiores aos enfrentados no Iraque.
Para o especialista, a destruição era uma questão de tempo e, na verdade, não é surpresa alguma.
"Estou certo de que já discutimos antes que os tanques de batalha principais ocidentais não mudariam a situação. Nós falamos sobre o fato de que esses tanques são muito vulneráveis e podem ser destruídos facilmente, como quaisquer outros tanques que já foram usados no território ucraniano", afirmou.
Por sua vez, o especialista político norte-americano Garland Nixon afirmou que a realidade é que qualquer tanque que seja enviado à Ucrânia será destruído se for atingido no ponto certo, e que isso prova que não existe uma "arma mágica" capaz de ajudar a Ucrânia.
De acordo com Nixon, em vez de o conflito na Ucrânia servir como "vitrine" para os equipamentos militares ocidentais, está provocando dúvidas nos possíveis compradores, que já podem estar se perguntando se realmente vale a pena comprar um tanque Challenger ou um sistema de defesa antiaérea Patriot, ou se seria melhor comprar um antigo tanque T-72.
Berletic, por sua vez, destacou que o Reino Unido e o Ocidente poderiam enviar quantos equipamentos quiserem, que isso não irá ajudar Kiev a mudar a situação do conflito, pois não existem "armas mágicas".