Ciência e sociedade

Pesquisadores desenvolvem o 1º microrrobô do mundo capaz de navegar dentro de células (VÍDEO)

Um grupo de pesquisadores da Universidade Técnica de Munique desenvolveram o primeiro microrrobô do mundo capaz de navegar dentro de grupos de células e estimular células individuais, de acordo com os resultados publicados na revista Advanced Healthcare Materials.
Sputnik
Os microrrobôs TACSI (Imagem de Sinais de Células Termicamente Ativadas, por sua sigla em inglês) são redondos, têm metade da espessura de um fio de cabelo humano, contêm nanobastões de ouro e corante fluorescente, e são cercados por um biomaterial obtido de algas. Prevê-se que esses robôs guiados por laser poderão se mover entre as células, estimulando-as por meio de mudanças de temperatura, segundo a revista Advanced Healthcare Materials.
A produção de microrrobôs é baseada em "chips microfluídicos". O biomaterial é injetado através de um canal localizado no lado esquerdo do chip. Um óleo com componentes específicos é então adicionado de cima e de baixo através de canais de 15 a 60 micrômetros (µm). Os robôs finalizados surgem à direita.
No caso do microrrobô TACSI, são adicionados tais componentes como o corante fluorescente rodamina B que perde intensidade de cor com o aumento da temperatura, e nanobastões de ouro de 25 a 90 nanômetros (nm) que podem ser aquecidos rapidamente a 60 °C quando bombardeados com luz laser. Os robôs são acionados a uma velocidade máxima de 65 µm por segundo.
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Nos experimentos, os microrrobôs foram direcionados para as células renais por meio do aquecimento com um laser infravermelho. Descobriu-se que os canais iônicos das células se abriam em determinadas temperaturas, por exemplo, para permitir a entrada de cálcio na célula. A estimulação térmica poderia ser usada no tratamento de feridas ou na luta contra as células cancerosas, que morrem em altas temperaturas.
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