As formigas-de-fogo – da espécie de Solenopsis invicta – possuem um poderoso ferrão através do qual um forte veneno entra nos corpos das vítimas e destrói as plantações, e são capazes de danificar equipamentos elétricos, incluindo carros e computadores.
Como observa a publicação, a formiga, considerada uma das espécies invasoras mais perigosas, pode rapidamente formar supercolônias com várias rainhas.
Essas colônias de formigas comem sementes de plantas e caçam invertebrados e pequenos vertebrados. Sua distribuição é acompanhada por um sério declínio na quantidade de diversidade de espécies nativas.
Ainda no início do século XX todas essas formigas-de-fogo foram acidentalmente levadas junto com bens da América do Sul para os EUA, onde causam danos anuais de US$ 6 bilhões (R$ 29,59 bilhões). Posteriormente, elas também foram levadas para Austrália, Nova Zelândia, China e Índia.
Assim, os cientistas descobriram 88 ninhos de formigas-de-fogo em uma pequena área de 4,7 hectares nas proximidades da cidade de Siracusa, na ilha da Sicília.
A análise de DNA subsequente dessas formigas mostrou que elas foram levadas para a Itália da China ou dos EUA, como resultado do comércio internacional.
A organização voluntária britânica Buglife já pediu ao governo para proibir a importação de solo da UE. A organização afirmou que espécies invasoras de formigas podem facilmente entrar no Reino Unido junto com plantas no solo.
Segundo os cientistas, no futuro próximo as formigas-de-fogo podem habitar cerca de 7% do território da Europa, bem como cerca de metade das principais cidades do subcontinente, incluindo Londres, Paris, Roma e Barcelona.
Isto, por sua vez, aponta para a necessidade urgente de desenvolver medidas destinadas a eliminar toda a população da Sicília e de outras regiões da Europa.