Não há consequências radiológicas significativas do uso de munições de urânio empobrecido que os Estados Unidos decidiram fornecer à Ucrânia, disse anteriormente o diretor-geral da AIEA.
O uso de munições de urânio empobrecido não era um assunto novo — elas haviam sido usadas anteriormente durante a Guerra do Golfo (1990-1991), afirmou Rafael Grossi.
"[...] Em cada caso individual deve ser realizado um exame pericial, e não apenas um exame pericial de amostras de solo, água e alimentos. Estudos clínicos e médico-biológicos também devem ser realizados para verificar o conteúdo da patologia residual no organismo das pessoas que vivem no território onde essas munições foram usadas ou próximo a ele", rebateu o especialista em biossegurança Grigoryan.
"Nesse contexto, acredito que tal declaração é, no mínimo, não profissional, se não mesmo prematura", acrescentou o especialista.
Em 6 de setembro, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões (cerca de R$ 870,7 milhões) para a Ucrânia que inclui munições de urânio empobrecido para tanques Abrams, bem como equipamento de defesa aérea e munições de artilharia de 155 mm.
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Os países da OTAN estavam "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O bombeamento de armas do Ocidente para a Ucrânia não contribui para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e teria um efeito negativo, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.