Anteriormente em julho, Londres já havia assinado um contrato de munições de £ 280 milhões (R$ 1,7 bilhão) com a BAE, a maior empresa de defesa do país antes de exercer a opção de aumentar seu fornecimento nesta terça-feira (12).
"O conflito na Ucrânia forçou um repensar global em torno das prioridades de munições", disse Steve Cardew, diretor de desenvolvimento de negócios de munições da BAE à Reuters.
Já o presidente da empresa britânica de tecnologia militar Qinetiq, Steve Wadey, disse que o conflito fez com que seus principais clientes – Reino Unido, Estados Unidos e Austrália – "recuassem estrategicamente e olhassem para as ameaças de longo prazo no mundo e considerassem suas políticas, orçamentos e soluções de defesa e segurança".
Isso significa crescente interesse e apoio às tecnologias nas quais a Qinetiq está trabalhando, como a energia direcionada a laser, que usa lasers para disparar ameaças do céu, e para a BAE, ao mesmo tempo que promoverá novas instalações de fábricas.
Segundo a Reuters, a BAE está construindo uma nova linha de usinagem e instalações de enchimento de explosivos para atender às necessidades de munições britânicas para projéteis de artilharia de 155 mm, cartuchos de calibre médio de 30 mm e munições de 5,56 mm.
O diretor de desenvolvimento de negócios da empresa disse esperar que as ordens dos aliados da OTAN sejam seguidas. "Estamos hoje em diálogo ativo com vários dos nossos clientes da OTAN", disse Cardew.
A urgência de reabastecer os arsenais esgotados pelas armas que o Reino Unido está a enviar para a Ucrânia está impulsionando a inovação em energia e propelentes, e uma mudança para a utilização de aço pronto a utilizar em vez de aço personalizado para acelerar a produção.
Moscou já declarou diversas vezes através de sua chancelaria que qualquer arma enviada à Ucrânia será alvo legítimo das Forças Armadas russas.