"As receitas de exportação de petróleo da Rússia aumentaram US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 8,8 bilhões) em agosto e atingiram o nível mais elevado desde outubro de 2022. A média ponderada do preço de exportação do petróleo russo aumentou em US$ 9,30 (cerca de R$ 46) por barril (+14,4%), apesar do declínio no volume de exportação de 150.000 bpd em comparação com o mês anterior", segundo o comunicado da AIE.
As exportações de petróleo totalizaram 7,2 milhões de bpd e as receitas totais chegaram a US$ 17,1 bilhões (cerca de R$ 84 bilhões), de acordo com gráficos da agência.
As receitas de exportação de petróleo cru cresceram mais (R$ 6,9 bilhões) do que as do fornecimento de produtos petrolíferos (R$ 1,9 bilhão). No geral, as receitas das exportações ficaram US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 7,9 bilhões) abaixo do nível do ano passado, de acordo com as estimativas da agência.
O crescimento de exportação de petróleo em 120 mil bpd foi mais do que compensado por um declínio na exportação de produtos petrolíferos em 270 mil bpd. O fornecimento total em agosto foi menor em 570 mil bpd em comparação com agosto de 2022, explicou a agência.
A China e a Índia ainda compram a maior parte do petróleo russo, mas sua participação percentual combinada caiu em agosto de 81% para 75% em comparação com o período de janeiro a maio de 2023, por causa do surgimento de outros compradores, de acordo com os dados da AIE.
As exportações de produtos petrolíferos ainda são altas para os Emirados Árabes Unidos, Índia e Brasil, mas diminuíram para a Arábia Saudita e a China, acrescentou a agência.
Em março, a Rússia iniciou uma redução voluntária na produção de 500 mil bpd em relação à média de fevereiro de 9,95 milhões de bpd. Essa medida é válida até o final de 2024. Além disso, a Rússia vem cortando as exportações de petróleo desde agosto. No primeiro mês, o volume de cortes foi de 500 mil bpd, mas de setembro a dezembro será de 300 mil bpd.