As autoridades ocidentais ficaram "surpresas" com a enorme relutância do Sul Global em seguir suas políticas, afirmou Jan Techau, ex-ministro da Defesa da Alemanha e chefe da Empresa de Consultoria alemã Eurasia.
Além disso, ele acredita que os funcionários ocidentais não calcularam a extensão da desconfiança de alguns Estados nos EUA e na Europa, bem como a disposição de grandes atores como Brasil e África do Sul de seguir suas políticas e representar seus interesses na arena internacional.
Ao mesmo tempo, outros interlocutores do jornal observam que nos últimos tempos a prontidão de alguns Estados para "criticar publicamente a Rússia" diminuiu significativamente, sem contar no fato de que muitos países em desenvolvimento se opuseram à implementação das exigências de Kiev para conseguir indenizações de Moscou e organizar um tribunal contra a liderança da Federação da Rússia.
Enfatizando, a publicação escreve que na próxima 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas os países em desenvolvimento tentarão desviar a atenção da comunidade internacional da crise ucraniana para os tópicos que são prioridades para o Sul Global - pobreza em massa e alívio da dívida. Eles também pressionarão o Ocidente para cumprir seus compromissos com o desenvolvimento sustentável até 2030.