O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou na quinta-feira (14) ter detectado nas últimas 24 horas 40 aeronaves da Força Aérea da China entrando na zona de defesa aérea da ilha, a maioria voando para o sul de Taiwan e para o canal Bashi, escreve a agência britânica Reuters.
Pelo menos quatro das aeronaves também cruzaram a linha mediana do estreito de Taiwan a noroeste da ilha, disse o ministério, apontando um mapa para o efeito.
Antes disso, na quarta-feira (13), o ministério taiwanês comunicou a passagem de 28 aviões da Força Aérea chinesa entrando na zona de defesa aérea da ilha no início desse dia, incluindo cruzando o canal Bashi. Alguns deles se aproximaram do porta-aviões chinês Shandong, que estava no Pacífico, para participar de exercícios.
Segundo também a agência britânica Reuters, Taipé respondeu enviando aeronaves e ativando sistemas de defesa antiaérea.
Anteriormente, o coronel-general Li Shangfu, ministro da Defesa da China, advertiu que as tentativas de "brincar com o fogo" no contexto da questão de Taiwan e os planos de usar a ilha para conter a China estão destinados a falhar.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China, de acordo com a política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente a independência, mas afirma já ser independente e, entretanto, mantém laços próximos com os EUA. Estes, por sua vez, expressaram nos últimos anos a vontade de "conter" a China e o seu desenvolvimento.