Operação militar especial russa

'Postura neonazista': Federação Latino-Americana de Jornalistas condena ameaças da Ucrânia

O jornalista Nelson del Castillo comentou à Sputnik as declarações da porta-voz das forças de defesa territorial da Ucrânia, a transgênero americana, Sarah Ashton-Cirillo, sobre os jornalistas russos.
Sputnik
Para o jornalista, a declaração de que jornalistas russos devem ser "caçados" merece a condenação do Ocidente por ser "muito grave".
Na ocasião, a porta-voz afirmou que "na próxima semana o mundo verá" como "os propagandistas do Kremlin serão rastreados, e pagarão por seus crimes".
A declaração foi condenada pelo secretário-geral da Federação Latino-Americana de Jornalistas, Nelson del Castillo.
"Esta abordagem se enquadra na mesma linha das posições neofascistas e neonazistas de Zelensky, que procura silenciar as vozes que não respondem aos seus interesses", afirmou.
Para ele, Zelensky tenta ocultar as críticas políticas e militares ao seu governo, bem como a corrupção no país.
"O pior é que o Ocidente, como nos referimos aos Estados Unidos e uma parte da Europa, mantenha o silêncio diante de toda essa barbárie", assegurou.
Para o professor e pesquisador especializado na Europa Daniel Muñoz Torres, as declarações da porta-voz se devem ao desgaste político resultante do fracasso da contraofensiva ucraniana, que está denegrindo a imagem de Zelensky.
"Zelensky enfrenta uma crise de legitimidade e, ao se tratar de umas declarações de uma porta-voz oficial, temos que pensar que é uma postura pactada com as autoridades ucranianas, o que é evidente que a Ucrânia decidiu apostar nas ameaças e criar uma situação de medo, diante da perda do apoio internacional e dos resultados ruins no campo", opinou.
Muñoz Torrez destacou que isso mostra que o objeto é de esmagar qualquer indício de crítica de Vladimir Zelensky e à sua estratégia no campo de batalha.
"Qualquer jornalista ou pessoa que não esteja de acordo com suas posições e que diga algo que possa ser percebido como questionador, é tido como antipatriótico, e o governo de Zelensky se move rapidamente para desacreditá-lo, com a intenção de continuar a coagir a população a continuar a confiar no governo de Kiev, independentemente do que aconteça aos soldados ucranianos", concluiu.
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