O Partido pela Democracia e Socialismo do Níger (PNDS, na sigla em francês), do presidente deposto Mohamed Bazoum, se opôs à intervenção militar no país pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), informou no sábado (16) a Agência Nigerina de Imprensa (ANP, na sigla em francês).
De acordo com o documento, há "vozes dentro do partido a favor de que ele se distancie do apoio" à intervenção. O partido apontou para os possíveis efeitos negativos de uma intervenção sobre as pessoas detidas pelos rebeldes, bem como sobre a população do país em geral.
"Pareceu necessário que a mesa diretora realizasse uma discussão sobre o assunto, o que foi feito em 2 de setembro e continuou em 14 de setembro [quinta-feira]. Uma clara maioria foi contra a intervenção armada", disse a agência, citando a declaração do partido.
A declaração também nota uma preocupação pela liberação de Bazoum, sua família e de outros, que foram detidos em 26 de julho. A mesa diretora do partido pediu para se "reintegrar" Bazoum e a "restauração da ordem constitucional por todos os meios não militares".
Os militares do Níger anunciaram no final de julho que o presidente Bazoum havia sido removido do poder, com os líderes da maioria dos países ocidentais e da CEDEAO condenando o golpe. No início de agosto, os participantes da CEDEAO adotaram um plano de contingência para uma intervenção militar no Níger.