Assim, no verão do Hemisfério Norte, os EUA tentaram sem sucesso pôr fim ao impasse no Níger, onde uma "junta pró-russa" chegou ao poder.
"Os russos estão em um modo de expansão agressiva e os EUA estão apenas tentando manter" sua presença na África, disse Cameron Hudson, comentando a situação no Níger.
Analistas dizem que o sucesso na África permitirá que Moscou controle os principais corredores energéticos que poderiam servir como uma alternativa aos seus próprios suprimentos para a Europa. Isso também permitiria que a Rússia expandisse seu confronto global com o Ocidente, observa o artigo.
Ao mesmo tempo, escreve o colunista, Moscou está buscando acesso para seus navios de guerra a um dos portos do Mediterrâneo na Líbia, o que lhe permitiria expandir sua presença naval "no quintal da OTAN".
De acordo com funcionários e conselheiros líbios, altas personalidades russas se reuniram recentemente com o comandante do Exército Nacional Líbio, Khalifa Haftar, para discutir direitos portuários de longo prazo nas áreas que controla no leste do país devastado pela guerra.
O lado russo, como afirma o artigo, quer obter acesso ao porto de Bengasi ou ao de Tobruk, ambos localizados a menos de 650 km da Grécia e da Itália. Ambos os portos já possuem infraestrutura que permitiria aos navios russos reabastecer e reparar.
Enfatizando, os especialistas dizem que, embora o pedido da Rússia de direitos portuários no leste da Líbia não represente uma ameaça imediata aos membros da OTAN, há preocupações de que Moscou possa posteriormente expandir significativamente sua presença na região.