Faustin-Archange Touadéra, presidente da República Centro-Africana (RCA), respondeu duramente no sábado (16) à proposta de Emmanuel Macron, seu homólogo da França, de retirar os instrutores russos do país.
"Touadéra explicou ao seu colega francês que estava interagindo 'com as autoridades russas no âmbito de um acordo no campo da defesa e treinamento entre os dois países' e acrescentou que o resto 'não era da sua conta'", informou a rádio francesa RFI.
Segundo a mídia, Macron apontou a possível retirada dos instrutores russos do país africano como uma condição para a aproximação com a França.
Paris decidiu suspender a cooperação militar com Bangui em 2021, por considerar que as autoridades centro-africanas estavam envolvidas em uma campanha antifrancesa supostamente conduzida pela Rússia.
No final de junho, Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que o trabalho das centenas de instrutores russos na RCA continuaria. De acordo com Lavrov, "a República Centro-Africana é um dos países cujo governo, juntamente com o Mali, solicitou oficialmente [...], quando tanto a República Centro-Africana quanto o Mali foram abandonados pelos franceses e outros europeus, tendo reduzido a presença de contingentes antiterroristas no país".