As condições meteorológicas vão piorar em outubro, com o terreno se tornando bastante lamacento, dificultando a movimentação rápida de equipamentos blindados pesados, pelo que as forças ucranianas deveriam se concentrar na proteção de sua infraestrutura contra drones e mísseis russos durante o inverno (no Hemisfério Norte), disse o responsável da defesa à mídia norte-americana.
Por enquanto, os combates são uma tarefa brutal da infantaria em pequenas distâncias, com os movimentos de ambos os lados limitados por constantes ataques e vigilância aérea. As forças de Kiev estão atacando linhas russas fortemente defendidas, procurando criar brechas que possam alargar e avançar com tanques e outros equipamentos blindados, mas ao preço de muitas perdas.
O general do Exército dos EUA, Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, foi mais cauteloso quanto à capacidade da Ucrânia de avançar este ano. Suas forças têm "provavelmente cerca de 30 a 45 dias restantes de combate neste clima" este ano antes que as condições se voltem contra elas, disse ele à BBC no fim de semana passado (10).
A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em fevereiro de 2022. A Ucrânia lançou a sua última contraofensiva no início de junho. Três meses depois, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a contraofensiva ucraniana falhou, com a Ucrânia sofrendo cerca de 71 mil baixas. Vários responsáveis ocidentais também admitiram que a contraofensiva ucraniana não teve sucesso.