Donald Trump marcou o feriado de Rosh Hashaná no domingo (17) com um discurso para os judeus americanos, no qual os acusou de votar pela destruição dos Estados Unidos e de Israel ao apoiar seu sucessor Joe Biden na última disputa pela Casa Branca.
Em uma publicação em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente compartilhou um panfleto da organização Judeus Saindo do Partido Democrata (JEXIT, na sigla em inglês), um grupo de lobby antidemocrata formado em 2018.
"Apenas um lembrete rápido para os judeus liberais que votaram para destruir os Estados Unidos e Israel porque acreditaram em falsas narrativas!", segundo a manchete do panfleto.
"Esperamos que tenham aprendido com seus erros e façam escolhas melhores no futuro! Feliz Ano Novo!", de acordo com o folheto.
O panfleto também mencionava o reconhecimento por Trump da soberania israelense sobre as Colinas de Golã e os assentamentos na Cisjordânia.
Outras ações de Trump incluem a assinatura da lei educacional "Nunca Mais", que destinou milhões de dólares à divulgação do Holocausto, e uma ordem executiva reconhecendo o Judaísmo não apenas como uma religião, mas também como uma nacionalidade, uma medida que foi vista como tendo como alvo o suposto antissemitismo – principalmente na forma de boicotes a Israel – nos campi universitários.
No passado, Trump atacou os "líderes judeus", acusando-os de esquecer as medidas que ele tomou em favor de Israel.
Uma pesquisa com 800 eleitores judeus registrados realizada pelo Instituto Eleitoral Judaico revelou que Biden está à frente de Trump por 72% contra 22%.