Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Arthur Lira disse que o governo precisa ter "cuidado" com excessos que têm aflorado em investigações da Polícia Federal. Para ele, "tem policiais indo além" do que deveriam.
"O governo tem que ter esse cuidado. O atual governo, eu tenho dito, tem que ter esse cuidado com alguns excessos que estão aflorando. Eles tinham sido resolvidos e estão aflorando de novo com muita particularidade", declarou.
A mídia então pergunta se ele teria um exemplo sobre esses "excessos", Lira responde que sim e cita o general Braga Netto.
"Tem vários [exemplos]. Tem o [general Walter] Braga Netto, tem outros aí. Polícia Federal não trabalha nem como promotor de Justiça nem como juiz. Ela tem que ir até a investigação. Acabou a investigação, acabou o papel. Ela não pode ir além disso. Tem policiais indo além disso", disse.
Sobre o ex-presidente, Jair Bolsonaro, o líder da Câmara diz que ele não está "nem de longe" morto politicamente, "só ficou inelegível e pode funcionar como cabo eleitoral".
"[...] Ele foi julgado inelegível, politicamente é muito amplo, ele pode funcionar como cabo eleitoral, ele pode apoiar outro candidato, ele pode reverter uma decisão dessa no Supremo Tribunal Federal [STF]. A gente já viu tantas dificuldades. O presidente Lula é um exemplo vivo disso", afirmou.