O governo Zelensky está pensando em novas maneiras de gerar dinheiro à medida que os cofres estão ficando vazios devido a custosa contraofensiva que tem drenado as reservas do país de dezenas de milhares de soldados e milhares de peças de equipamentos militares fornecidas pela OTAN, com pouco resultado para mostrar até hoje.
Kiev enfrenta um déficit orçamentário de mais de US$ 40 bilhões (R$ 194,5 bilhões) em 2024, e tem sido informada do fato de que a incapacidade de providenciar o dinheiro vai deixar o Exército enfraquecido.
"Se o governo não puder cobrir suas lacunas orçamentárias, então o governo não será capaz de financiar seu esforço militar", disse em entrevista ao Wall Street Journal um pesquisador de uma empresa corretora com sede em Kiev que está consultando as autoridades sobre maneiras de arrecadar o dinheiro.
A corretora propôs uma nova ideia: vender títulos do governo ucraniano a estrangeiros para ajudar a dar conta de pelo menos uma parte do déficit orçamentário. No entanto, os esforços do governo, combinados com empréstimos e assistência ocidentais e investimentos de fundos de capital "abutre" baseados nos EUA não têm sido suficientes para preencher lacunas orçamentárias, com Kiev planejando gastar até US$ 45 bilhões (R$ 218 bilhões) em defesa no próximo ano.
Além disso, é previsto que em meados de 2024 acabe uma suspensão temporária de pagamento de dívida de US$ 20 bilhões (R$ 97,2 bilhões) de MFS Investment Management, BlackRock e Fidelity Investments.
O Banco Mundial estimou que a Ucrânia precisará de pelo menos US$ 411 bilhões (R$ 1,99 trilhão) em fundos para a reconstrução. Em meados de 2023, a dívida nacional da Ucrânia disparou para mais de US$ 162 bilhões (R$ 787 bilhões), oscilando à beira de ultrapassar 100% do PIB.