"É um mundo onde tem a China como grande opositora da primazia norte-americana, onde os Estados Unidos estão em declínio e a Rússia reapareceu. E o Sul Global está minimamente mais reorganizado."
"E o Brasil é um protagonista. É um protagonista natural pelas questões, obviamente, da Amazônia. O presidente Lula tem a grandeza disso, junto com o Celso Amorim [assessor especial para política externa da Presidência da República] e a sua equipe diplomática. Tem a grandeza de entender, de reconhecer e de saber trabalhar com isso, nesta agenda de 2023."
"Importante destacar que o Brasil tem tentado se colocar como um possível mediador de uma espécie de grupo da paz, e, ao contrário do que disse o Biden, que condenou extensa e ostensivamente a Rússia, Lula tenta se colocar com neutralidade e trazer o Brasil como um mediador, que nada mais é que a tradição histórica do Itamaraty", destaca o professor.