"Esse pedido vem de uma tradição do Itamaraty, o corpo diplomático do Brasil, que insistiu durante pelo menos 20 anos em uma reformulação do sistema de integrantes da mesma ONU, de posicionar o Brasil como parte do Conselho de Segurança", explicou em entrevista à Sputnik o cientista político Daniel Prieto.
"O Brasil já atuou como membro não permanente e pôde liderar discussões que passam por temas de manutenção da paz, de promoção da assistência humanitária e de direitos humanos, também questões sobre direitos das mulheres e, recentemente, sobre temas de ação climática e proteção de ecossistemas estratégicos", explicou Prieto.
"O mais difícil é que, dos cinco membros permanentes, três deles pertencem à OTAN. Claro que não interessa a esta organização militar que mais membros de fora dessa organização entrem como membros permanentes do Conselho de Segurança", disse Guilherme Simões.
"O Brasil está seguindo a estratégia correta: fortalecer o BRICS e continuar com um discurso importante de mediar os conflitos do planeta", enfatizou.
"O Brasil é o maior país da América Latina, mais forte. Ter uma posição tão grande de prestígio afeta toda a dominação dos EUA no continente", acrescentou.