O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, admitiu que seu país sofrerá uma inevitável derrota no conflito que trava com a Rússia caso não tenha acesso à bilionária ajuda militar fornecida por Washington.
A declaração foi dada em uma reunião com senadores dos EUA em Washington, segundo informou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.
"Foi dita uma frase que resume tudo perfeitamente. Zelensky disse: 'Se não conseguirmos ajuda, perderemos a guerra'", disse Schumer, segundo a CNN.
Mais cedo, fontes do Congresso americano informaram que parlamentares se negaram ativamente a aprovar o envio de mais dinheiro ao regime de Kiev. Em carta enviada ao diretor do gabinete de Gestão e Orçamento, um grupo de senadores republicanos demonstrou preocupação em continuar financiando indefinidamente a Ucrânia.
No documento eles pontuaram que, desde fevereiro de 2022, os EUA já enviaram US$ 114 bilhões (cerca de R$ 562,1 bilhões) para a Ucrânia, mas ressaltaram que a cifra pode ser bem maior, uma vez que o montante "não reflete o quadro completo, que inclui fundos transferidos e reprogramados".
O apoio a Kiev vem derretendo conforme a derrota para Moscou no conflito se torna inevitável.
Nesta semana, em uma reunião à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, representantes do G7 chegaram à conclusão de que o conflito ucraniano deve se arrastar por mais seis ou sete anos, sem perspectiva de vitória e com aumento de perdas humanas.
Em paralelo, congressistas americanos vêm exigindo prestação de contas das somas bilionárias recebidas por Kiev.
A Rússia enviou anteriormente uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) alertando sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, os países da aliança estão brincando com fogo ao fornecer armas à Ucrânia.
Ademais, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que inundar a Ucrânia com armas ocidentais não contribui para as negociações para cessar o conflito entre as partes.