Panorama internacional

Ajuda militar do Ocidente à Ucrânia deve diminuir no ano que vem, aponta imprensa inglesa

Artigo da revista The Economist destaca que a Rússia vem suplantando o Ocidente na capacidade de produção de armas, e aliados de Kiev começam a repensar a ajuda ao regime.
Sputnik
O envio de armas do Ocidente à Ucrânia deve diminuir no ano que vem, por falta de capacidade de produção e, também, por falta de boa vontade por parte de alguns aliados de Kiev em seguir apoiando um conflito sem perspectiva de vitória.
É o que afirma um artigo publicado nesta sexta-feira (22) na revista britânica The Economist.
O texto destaca que o Ocidente não vem conseguindo acompanhar a capacidade da indústria de produção de armas da Rússia.
Citando especialistas em economia russa, a publicação afirma que "a indústria de defesa da Rússia entrou em modo de guerra no último trimestre de 2022".

"As autoridades britânicas dizem que a Rússia pode, agora, produzir cerca de 200 tanques por ano, o dobro do que supunham anteriormente", diz o texto, acrescentando que "as sanções ocidentais não prejudicaram essa produção".

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O artigo aponta ainda que a Rússia está disposta a investir mais em despesas militares do que os aliados de Kiev na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Em seguida, destaca que o apoio à Ucrânia nos Estados Unidos enfrenta problemas, uma vez que uma parte dos congressistas começou a se opor a aprovar mais ajuda financeira a Kiev.
"Em longo prazo, a ajuda à Ucrânia está se tornando rapidamente uma questão partidária, o que torna as suas perspectivas cada vez menos certas. Os eleitores republicanos, instigados pelo ceticismo de Donald Trump, o mais provável candidato do seu partido à presidência no próximo ano, começaram a questionar o envio de mais ajuda à Ucrânia."
As conclusões da reportagem da Economist não são isoladas. Nesta semana, um artigo publicado na CNN alertou para a fadiga do Ocidente em relação ao conflito ucraniano.
O texto apontou que, há meses, governos ocidentais vêm se queixando dos altos custos para manter o apoio à Ucrânia, que não se traduzem em resultados concretos na frente de batalha, onde o avanço de Kiev é quase nulo.
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