A nova ajuda militar dos Estados Unidos é estimada em US$ 128 milhões (cerca de R$ 620 milhões), além dos US$ 197 milhões (cerca de R$ 955 milhões) em armas dos pacotes previamente alocados, de acordo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
São cada vez menos as pessoas dispostas a ouvir as exigências ucranianas de fornecimento de armas e as críticas por ajuda insuficiente.
A visita ocorre em meio à insatisfação do Congresso com os gastos excessivos e fora de controle dos Estados Unidos com a Ucrânia. Desde fevereiro de 2022, Kiev já recebeu de Washington mais de US$ 110 bilhões (cerca de R$ 533 bilhões).
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse, após uma reunião com Zelensky na quinta-feira (21), que ele não havia se comprometido com os US$ 24 bilhões solicitados pela Casa Branca para Kiev.
Até mesmo os principais meios de comunicação dos Estados Unidos estão céticos quanto aos resultados da visita.
Ao contrário da primeira visita de Zelensky a Washington em dezembro passado, quando os legisladores receberam o presidente ucraniano com entusiasmo, a reunião desta semana foi mais moderada, pois alguns republicanos estão cada vez mais céticos em relação à contraofensiva lenta de Kiev, de acordo com o jornal The New York Times.
A eficácia dos apelos pessoais de Zelensky também foi questionada, já que dezenas de republicanos usaram sua visita como ocasião para desprezar os pedidos da Ucrânia e zombar de seu líder, de acordo com o portal Axios.
A mídia norte-americana deixou claro, mesmo no dia da chegada de Zelensky aos Estados Unidos, que era improvável que a visita fosse bem-sucedida. Na segunda-feira (18), o The New York Times publicou um artigo com os resultados de uma investigação sobre o ataque ao mercado de Konstantinovka, que mostrou que as tropas ucranianas foram responsáveis pela morte de civis. Imediatamente após o ataque, Zelensky culpou a Rússia sem apresentar provas.
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Os Estados Unidos e a Aliança Atlântica estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, "inclusive não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal [...] no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e em outros países", disse Lavrov.