Operação militar especial russa

Zelensky recebe nos EUA 70 vezes menos ajuda militar do que havia planejado

O presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que esperava receber US$ 24 bilhões (cerca de R$ 116 bilhões) em promessas de ajuda durante sua visita aos Estados Unidos, acabou recebendo 70 vezes menos: os mais recentes pacotes de assistência militar constituem apenas US$ 325 milhões (cerca de R$ 1,575 milhões).
Sputnik
A nova ajuda militar dos Estados Unidos é estimada em US$ 128 milhões (cerca de R$ 620 milhões), além dos US$ 197 milhões (cerca de R$ 955 milhões) em armas dos pacotes previamente alocados, de acordo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
São cada vez menos as pessoas dispostas a ouvir as exigências ucranianas de fornecimento de armas e as críticas por ajuda insuficiente.
A visita ocorre em meio à insatisfação do Congresso com os gastos excessivos e fora de controle dos Estados Unidos com a Ucrânia. Desde fevereiro de 2022, Kiev já recebeu de Washington mais de US$ 110 bilhões (cerca de R$ 533 bilhões).
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse, após uma reunião com Zelensky na quinta-feira (21), que ele não havia se comprometido com os US$ 24 bilhões solicitados pela Casa Branca para Kiev.
Até mesmo os principais meios de comunicação dos Estados Unidos estão céticos quanto aos resultados da visita.
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Ao contrário da primeira visita de Zelensky a Washington em dezembro passado, quando os legisladores receberam o presidente ucraniano com entusiasmo, a reunião desta semana foi mais moderada, pois alguns republicanos estão cada vez mais céticos em relação à contraofensiva lenta de Kiev, de acordo com o jornal The New York Times.
A eficácia dos apelos pessoais de Zelensky também foi questionada, já que dezenas de republicanos usaram sua visita como ocasião para desprezar os pedidos da Ucrânia e zombar de seu líder, de acordo com o portal Axios.
A mídia norte-americana deixou claro, mesmo no dia da chegada de Zelensky aos Estados Unidos, que era improvável que a visita fosse bem-sucedida. Na segunda-feira (18), o The New York Times publicou um artigo com os resultados de uma investigação sobre o ataque ao mercado de Konstantinovka, que mostrou que as tropas ucranianas foram responsáveis pela morte de civis. Imediatamente após o ataque, Zelensky culpou a Rússia sem apresentar provas.
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Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Os Estados Unidos e a Aliança Atlântica estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, "inclusive não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal [...] no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e em outros países", disse Lavrov.
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