Os ministros da Defesa da França e da Alemanha estão discutindo a possível entrada de novos parceiros no projeto de tanque de próxima geração, o Sistema Principal de Combate Terrestre (MGCS, na sigla em inglês), escreveu na sexta-feira (22) o portal Defense News.
Enquanto isso, os líderes franceses e alemães estão negociando o projeto com a holding franco-alemã KNDS e a alemã Rheinmetall, líderes do setor, com decisão prevista até 2024.
A Itália, os Países Baixos e "muitos outros" expressaram interesse em participar do projeto, disse na quinta-feira (21) Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, em uma coletiva de imprensa na base aérea de Evreux, a oeste de Paris, França. Eles podem participar como "observadores," de acordo com Sébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas da França.
O alto responsável explicou que o MGCS será modular, incluindo plataformas que podem ser tripuladas ou automatizadas. Ele terá uma capacidade de fogo clássica, mas também armas eletromagnéticas, funcionalidades de guerra eletrônica e armas a laser, acrescentou.
O futuro tanque exigirá uma defesa reativa que o tornaria difícil de destruir, drones para proteger o tanque, funcionalidades de inteligência artificial para coordenar o fogo em um ambiente conectado, apontou Lecornu.
"Os avanços tecnológicos serão brutais", previu o ministro francês.
Ele referiu que o futuro tanque deverá entrar em serviço entre 2040 e 2045, e espera que os primeiros contratos sejam assinados em 2024.