O fato de não haver nenhuma notícia sobre o desempenho do sistema de defesa antiaérea Patriot fornecido pelos EUA à Ucrânia mostra que ele certamente já não está operacional, disse Larry Johnson, ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA.
"Lembram-se de quando ouvimos falar das baterias de mísseis Patriot? [...] Há meses não se ouve nada sobre isso. Isso foi enviado para a Ucrânia e explodiu, então parece que o que enviamos foi destruído ou danificado e está sendo reparado e certamente não está presente no campo de batalha", sublinhou o especialista em segurança em uma entrevista on-line, comentando o fornecimento de armas por Washington a Kiev.
O analista veterano se referiu ao incidente em maio de 2023, quando o Patriot fabricado nos EUA foi atingido por um míssil hipersônico russo Kinzhal em Kiev. Especialistas militares sublinharam que o Patriot perdeu todos os seus 32 mísseis ao tentar interceptar o projétil russo, e que esse esforço custou aos EUA cerca de US$ 96 milhões (R$ 475 milhões). No entanto, o Pentágono e outras autoridades dos EUA foram, na melhor das hipóteses, vagos ao comentar o incidente.
De acordo com Johnson, após esse fracasso, os EUA têm enviado "material de segundo e terceiro nível" para a Ucrânia. Ele sugeriu que alguns "burocratas" do Pentágono finalmente perceberam que o apoio ilimitado a Kiev com o melhor armamento apenas "enfraquecerá a força militar dos EUA e enfurecerá os russos".
É por isso que a Ucrânia receberá tanques Abrams obsoletos, e os especialistas já estão começando a fazer apostas sobre quanto tempo eles durarão no campo de batalha, destacou o ex-analista da CIA.