"Depois de décadas trabalhando sozinhos em questões de segurança, os finlandeses estão descobrindo que a vida na grande aliança é complicada, cara e profundamente politizada", observa a publicação.
O autor destaca que a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte pode ter sido fácil para os finlandeses em comparação com o próximo processo de integração "com todos os obstáculos financeiros, legais e estratégicos que isso implica".
"Adesão à OTAN é custosa, e ajuda à Ucrânia é custosa, e não há fim à vista", afirmou Janne Kuusela, diretor-geral de política de defesa do Ministério da Defesa da Finlândia.
Assim, segundo a publicação, a adesão à OTAN foi sempre considerada como uma "vantagem barata" por causa do "guarda-chuva nuclear" dos EUA e do princípio de defesa coletiva, mas a aliança também coloca muitas demandas sobre seus membros, que exigem a tomada de "algumas decisões difíceis e caras", escreve a edição.
Especifica-se que as autoridades finlandesas terão de decidir como transferir tropas e equipamento para a Noruega, a Suécia ou os Estados Bálticos, se necessário, e se devem participar em outras tarefas da OTAN, como o patrulhamento no Kosovo ou no Mediterrâneo.
"Precisamos ser capazes de contribuir para a defesa coletiva da OTAN fora das fronteiras da Finlândia, e isso é novo", enfatizou o general Timo Kivinen, comandante das Forças de Defesa da Finlândia.
A Suécia e a Finlândia solicitaram em maio de 2022 formalmente a adesão à OTAN, mas a Turquia recusou apoiar a adesão, argumentando que os dois países nórdicos abrigavam membros de organizações que Ancara considera terroristas em seus territórios.
Em março, o parlamento turco ratificou o protocolo de adesão da Finlândia à OTAN, enquanto a candidatura da Suécia à aliança continua bloqueada por Ancara e Budapeste.
A Finlândia aderiu oficialmente à OTAN em abril de 2023. A Suécia está em processo de se tornar membro da aliança até o final do verão europeu, enquanto a Ucrânia e a Geórgia não estão descartadas como membros em um futuro.