Impostas com o objetivo de prejudicar a economia e o desenvolvimento da Rússia, as sanções ocidentais acabaram por servir como um poderoso incentivo a Moscou para o fortalecimento de muitos segmentos da indústria do país, em especial o da aviação.
A conclusão é de uma postagem feita pelo representante permanente da Rússia para Organizações Internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, em seu canal no Telegram.
"As sanções ocidentais servem como um poderoso incentivo para o rápido desenvolvimento de muitos segmentos da indústria russa, incluindo a indústria da aviação, que terá como base componentes fabricados na Rússia. Até 2030, a Rússia produzirá mais de 140 aeronaves de curta distância, com tecnologia própria", escreveu Ulyanov.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Ocidente aumentou a pressão das sanções econômicas e das sanções contra o petróleo e o gás da Rússia. A interrupção na cadeia de abastecimento levou a um aumento nos preços dos combustíveis e dos alimentos na Europa e nos Estados Unidos.
Em contraponto, a Rússia segue resistindo aos impactos das sanções ocidentais. Moscou afirmou em várias ocasiões que o Ocidente não tem coragem de admitir o fracasso das sanções aplicadas contra a Rússia. Enquanto isso, nos próprios países ocidentais, analistas vêm apontando a ineficácia da política de sanções do Ocidente.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou anteriormente que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, e que as sanções desferiram um duro golpe em toda a economia global. Segundo ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.