Panorama internacional

Rússia estuda pedir extradição de veterano nazista aplaudido de pé no Parlamento do Canadá

Embaixador da Rússia no Canadá informou que Moscou cogita abrir um processo criminal contra o soldado nazista homenageado e solicitar sua extradição ao governo canadense.
Sputnik
A Rússia está analisando a possibilidade de abrir um processo criminal contra o veterano nazista ucraniano Yaroslav Hunka e solicitar sua extradição ao governo do Canadá. A informação foi dada pelo embaixador da Rússia no Canadá, Oleg Stepanov, nesta quarta-feira (27).
"A Rússia está analisando o caso de Hunka. Pode abrir um processo criminal e solicitar um subsequente pedido de extradição [ao governo canadense]", disse Stepanov.
Na sexta-feira passada (22), Hunka, de 98 anos, que lutou nas fileiras da 14ª Divisão de Granadeiros da SS nazista durante a Segunda Guerra Mundial, foi aplaudido de pé por todo o Parlamento canadense.
A homenagem ao veterano nazista foi feita durante um discurso do então presidente do Parlamento canadense, Anthony Rota, como introdução ao posterior discurso do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que estava presente no local.
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Diante da forte repercussão negativa ao redor do mundo, Rota anunciou sua renúncia ao cargo na última terça-feira (26). Nesta quarta-feira, quase uma semana após o episódio, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se desculpou pela primeira vez por participar da homenagem ao veterano nazista.

"Todos nós que estivemos nesta Câmara na sexta-feira lamentamos profundamente ter ficado de pé e aplaudido, embora o tenhamos feito sem saber do contexto", disse Trudeau.

O pedido de desculpas vem após sucessivas recusas por parte de Trudeau em reconhecer o fato, mesmo diante da pressão de grupos judaicos e outros países.
O primeiro-ministro canadense também lamentou que Zelensky tenha sido fotografado aplaudindo efusivamente o veterano nazista. Em sua versão, essa foi uma imagem explorada por supostos "propagandistas russos". Zelensky, até o momento, não se posicionou sobre o caso nem pediu desculpas pelos aplausos.
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