"A investigação realizada pelos promotores poloneses revelou que o míssil era ucraniano, ainda soviético. [...] Quanto ao local de lançamento e pertença a grupos armados concretos, esse era um míssil ucraniano", disse Ziobro aos repórteres nesta quinta-feira (28).
A Ucrânia não estava cooperando com a Polônia na investigação do incidente, de acordo com o comunicado do procurador-geral.
"Lamento muito por isso, mas há muitos meses que não há cooperação nessa questão. Não acho que essa seja uma decisão no nível da promotoria. Acho que foi uma decisão no alto escalão político do Estado ucraniano", resumiu Ziobro.
Na noite de 15 de novembro, no território da Polônia, perto da fronteira ucraniana, caiu um míssil que matou duas pessoas. Inicialmente, a mídia ocidental supôs que o projétil fosse russo. No entanto, mais tarde o presidente polonês Andrzej Duda disse que não havia evidências de que o míssil fosse russo, e que era "muito provável" que pertencesse à defesa antiaérea ucraniana. A OTAN veio a confirmar que o míssil poderia ser ucraniano.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou, por sua vez, que naquele dia nenhum ataque havia sido conduzido contra alvos perto da fronteira ucraniano-polonesa. A entidade militar observou que todas as declarações da mídia polonesa sobre a suposta queda de mísseis "russos" foram uma provocação deliberada para escalar a situação.