Contudo, o especialista político-militar Boris Rozhin afirmou que essa não será uma tarefa fácil, visto que o tanque russo T-90 será um adversário digno, que conta com diversas vantagens.
"O T-90 tem uma vantagem na manobrabilidade, sendo mais capaz de percorrer através de terrenos rústicos, além de ser mais veloz que o Abrams", afirmou.
Além disso, o especialista destacou à Sputnik que os tanques norte-americanos Abrams são mais pesados, ressaltando que os EUA enviaram modelos mais antigos do equipamento à Ucrânia.
Rozhin destacou o uso dos tanques T-90 no campo de batalha na Ucrânia, onde estão fazendo um bom trabalho apoiando a infantaria e neutralizando as investidas ucranianas.
"Nós vemos como a proteção do T-90 foi melhorada, além de contar com visores instalados, proteção dinâmica adicional e compartimento de transmissão do motor também protegido contra impactos", ressaltou.
Enquanto isso, os Abrams têm o mesmo problema dos alemães Leopard e dos britânicos Challenger, ou seja, têm a torre como seu ponto fraco, além de uma proteção fraca contra ataques com drones.
Outro ponto destacado pelo especialista foi a capacidade de o T-90 operar no inverno, que está se aproximando na Europa.
Para Rozhin, é muito difícil ocorrer um duelo entre os dois tanques no campo de batalha, já que estes equipamentos são usados para apoiar a infantaria ou atacar as fortalezas inimigas.
Contudo, o Abrams foi criado entre 1972 e 1975 para combater os tanques soviéticos e outros veículos de combate de infantaria.
Os novos e modernizados blindados americanos podem contar, inclusive, com munições de urânio empobrecido, contudo a Ucrânia recebeu versões antigas destas máquinas, e mesmo tendo a missão de danificar os tanques russos, provavelmente fracassarão.
De acordo com o especialista, em qualquer evento, o lote de 31 tanques Abrams fornecidos pelos EUA não será capaz de mudar o status quo no campo de batalha, devido à agilidade, leveza, poder de fogo e segurança dos tanques russos.