Pedir comida por aplicativo pode não ser uma boa opção neste fim de semana em algumas regiões do país. E a ideia de motociclistas, ciclistas e mototaxistas que trabalham com entregas on-line é justamente essa: uma série de paralisações foram organizadas nesta sexta-feira (29) em vários estados da federação e no Distrito Federal e devem durar até domingo (1º), para chamar a atenção de consumidores e empresas contratantes para a falta de regulamentação da atividade, além de reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.
A mobilização tem adesão de 12 estados, segundo o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindimotoSP), que está liderando os protestos.
Entre as reivindicações da categoria está a de que empresas de aplicativos ofereçam pagamentos de cerca de R$ 35 por cada hora on-line de trabalho, além de condições básicas de saúde e segurança. De acordo com o sindicato, as empresas propuseram pagar aos trabalhadores entre R$ 12 e R$ 17 por cada hora trabalhada.
Cerca de 1,7 milhão de pessoas trabalham como motoristas ou entregadores de aplicativos, de acordo com pesquisa divulgada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). Entre elas, 62% são pessoas negras, aproximadamente, e 60% têm o ensino médio completo.
Greve contra privatização de serviços públicos marcada para semana que vem
Trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também estão programando paralisação na terça-feira (3).
A ideia é fazer um protesto de 24 horas contra os planos de privatização dos serviços públicos pelo governo estadual.