A medida foi discutida na manhã desta sexta-feira (29), em uma reunião entre o governo do Estado do Rio de Janeiro com o Ministério da Justiça para acertar uma possível ação da Força Nacional. O objetivo é que o governo federal envie reforços para atuar na comunidade, segundo o G1.
Capelli comentou sobre a investigação na Maré. "Aquelas imagens que a gente viu são inaceitáveis. Treinamento de guerrilha urbana à luz do dia, criminosos andando com fuzis ponto 50, à luz no dia, não é aceitável em nenhum lugar do mundo", comentou o secretário-executivo.
No domingo (24), imagens feitas pelo Fantástico exibiram o treinamento tático que bandidos que dominam a região recebiam no interior do conjunto de favelas.
No início da semana, o governador Cláudio Castro disse que a polícia tem poder de fogo para entrar na Maré.
"O próximo passo agora é prendê-los, tirar os líderes de circulação. Recentemente encaminhamos diversos líderes para presídios federais. Acho que é possível entrar lá e prender quem tiver que prender, no nosso governo não há lugar onde o Estado não entre", disse o governador.
Em Brasília, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também comentou a situação no Complexo da Maré.
"Você tem com calma, mensurando os alvos e fazendo as operações. É uma situação crônica, no caso do Rio, desde os anos 1980. Não adianta achar que vai virar em um mês porque esse foi o fracasso da GLO, da intervenção federal", disse o ministro citado pela mídia.
Ao longo da investigação que durou dois anos, os agentes identificaram pelo menos 400 bandidos da facção da região da área usada como centro de treinamento.
A Polícia Civil monitorou, no total, 1.125 traficantes, milicianos e pessoas ligadas às atividades criminosas na Maré. Eles foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.