Panorama internacional

Teto de preços ao petróleo russo não funciona como planejado, admite secretária do Tesouro dos EUA

Uma das intervenções do Ocidente para limitar a participação da Rússia no mercado internacional, o teto de preços imposto pelo G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) ao petróleo não tem funcionado. Quem admitiu a questão foi a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, a repórteres.
Sputnik
Como exemplo, ela citou o recente aumento no preço do barril, que chegou a quase US$ 100 (R$ 503). "Isso aponta para alguma redução na eficácia do teto de preços", disse Yellen.
Esta é a primeira declaração pública da secretária americana que reconhece a falha da medida.
O teto de preços é uma resposta ao papel de Moscou no conflito ucraniano. Inicialmente o objetivo era limitar a receita russa e reduzir as exportações do seu petróleo.
Inicialmente, quando o petróleo bruto era negociado a menos de US$ 70 (R$ 352) por barril, o limite de preços funcionou, enfatiza a secretária.
Nos últimos meses, no entanto, os preços globais do petróleo, referenciados no Brent com base em Londres, subiram acentuadamente, à medida que Rússia e Arábia Saudita retiveram um total de 1,3 milhão de barris de sua produção diária regular.
Além disso, Moscou encontrou alternativas de transporte para fornecer o produto, já que muitas empresas foram proibidas pelo G7 de prestar o serviço.
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Maiores clientes russos

A secretária do Tesouro afirmou que os compradores de petróleo indianos, os maiores e mais leais clientes da Rússia desde o início da operação militar especial na Ucrânia, pagaram cerca de US$ 100 por barril pelo produto russo.
"A Rússia gastou muito dinheiro, tempo e esforço para fornecer serviços para a exportação de seu petróleo", disse Yellen.
"Eles aumentaram sua frota, forneceram mais seguros, e esse tipo de comércio não é proibido pelo teto de preços."
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