Operação militar especial russa

Analista: nova contraofensiva de Kiev é 'disfarce' para Zelensky 'roubar mais dinheiro do Ocidente'

A alegada pressão de Kiev para outra contraofensiva, desta vez no outono, pode ser vista como uma pista falsa para o Ocidente, disse Scott Bennett, antigo oficial de guerra psicológica do Exército dos EUA e analista de contraterrorismo do Departamento de Estado à Sputnik .
Sputnik
O regime de Zelensky elaborou um plano para uma grande ofensiva na região de Kherson e Zaporozhie no início de outubro, garantindo a aprovação dos patrocinadores da Ucrânia em Washington e Londres, disse uma fonte à Sputnik no início desta semana.
Segundo a fonte, as forças especiais de Kiev pretendem assumir o controle da usina nuclear de Zaporozhie (ZNPP, na sigla em inglês) como parte do plano.
Tudo isto poderia ser uma pista falsa para os países ocidentais, sugeriu Scott Bennett, apontando para as tentativas fúteis do Exército ucraniano de romper as linhas defensivas russas.

"Como resultado da derrota retumbante da Ucrânia, o Ocidente procura freneticamente uma oportunidade para tentar escapar ao julgamento que se aproxima e às acusações de potenciais crimes contra a humanidade pela morte e destruição que a administração Biden desencadeou de forma imprudente. E a oportunidade mais próxima para distração pode ser a usina nuclear de Zaporozhie", argumentou Bennett.

O analista lembrou que muitos consideram esta instalação como "um alvo de destruição, em uma espécie de botão do 'dia do juízo final' que os EUA podem tentar apertar, em uma tentativa de gerar caos e destruição suficientes para distrair o mundo das batalhas de pequena escala da Ucrânia, às implicações globais de um desastre nuclear". De acordo com o antigo oficial de guerra psicológica, a potencial destruição da usina nuclear de Zaporozhie seria a "expressão máxima" deste caos.

Ele alertou que se a instalação for destruída, "o tsunami resultante de perturbações sociais, políticas e econômicas desorganizaria os partidos da oposição e os protestos contra as atuais elites políticas na Europa e na América, e justificaria um bloqueio ou uma lei marcial e uma mentalidade de Estado policial que poderia ser infinitamente estendido".

Bennett não descartou que "o Ocidente combinará seus melhores mentirosos na CIA, no Mossad, no MI6 para culpar a Rússia pelo evento, e talvez também iniciará simultaneamente alguns ataques de bandeira falsa autoinfligidos ao mesmo tempo — como assassinar Joe Biden e Zelensky ao mesmo tempo e culpar a Rússia por isso, a fim de justificar a 'ação policial' e o recrutamento de americanos para o serviço militar para o conflito com a Rússia."
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"Vimos isso no Vietnã e na guerra contra o terrorismo do 11 de setembro, por isso eles podem tentar fazê-lo novamente, é triste dizer. A mídia norte-americana, os mentirosos e propagandistas mais profissionais desde Goebbels da Alemanha [nazista], já plantou nas mentes dos americanos que os 'apoiadores de Trump' estão se tornando terroristas domésticos simpatizantes da Rússia que podem tentar assassinar Biden, então já está estampado [para todos verem]", acrescentou o ex-analista do Departamento de Estado.

Comentando como o alegado novo avanço de Zelensky pode ser explicado, dado o fracasso da contraofensiva de verão [Hemisfério Norte] de Kiev, Bennett afirmou que o presidente ucraniano é "um louco, ou está sendo informado por loucos sobre o que fazer — ou ambos. Eu suspeito da última opção."
Quando questionado se é seguro dizer que o alegado plano de contraofensiva de outubro é uma tentativa de apaziguar o povo ucraniano e justificar as exigências ocidentais, Bennett disse que é "uma camuflagem para o esquema de Zelensky para roubar mais dinheiro do Ocidente" e mostrar algum tipo de "esforço de boa fé" que convidaria futuras doações e investimentos de "reconstrução" por parte do Ocidente.
"A realidade militar é que a Ucrânia está destruída, a guerra essencialmente acabou e os militares e o povo russo prevaleceram e foram vitoriosos. É claro que o Ocidente está tentando desviar a atenção desta realidade e criar todos os tipos de focos de inflamação em miniatura e ataques terroristas contra civis inocentes na Crimeia, em Moscou e noutros lugares, mas isto também acabará", afirmou o ex-analista do Departamento de Estado.
O presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou no mês passado que as tropas ucranianas não conseguiram alcançar quaisquer resultados tangíveis em todas as linhas da frente desde o início da sua contraofensiva em 4 de junho, algo que ele disse ter custado a vida de mais de 71.000 soldados ucranianos na altura.
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