O governo dos EUA está usando a disputa territorial que a Venezuela e a Guiana mantêm há mais de um século para planejar uma agressão contra o país bolivariano, denunciou neste sábado (30) a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez durante os debates realizados no âmbito da nona edição da reunião do Grupo de Puebla, no México.
Recentemente as tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram, depois que a Guiana convocou um processo de licitação para empresas multinacionais operarem em blocos de petróleo e gás localizados no território marítimo de Essequibo.
Falando sobre ele, Rodríguez considerou que o Comando Sul dos EUA "considerou este espaço geográfico como um excelente território para atacar a Venezuela", segundo citou no sábado a emissora latino-americana Telesur.
Para ela, tal "agressão armada" contra a Venezuela constitui "uma agressão contra toda a América Latina e o Caribe".
Rodríguez pediu assim a "paz", e sublinhou que "o povo venezuelano, dignos filhos de Bolívar, continuará trilhando o caminho do respeito ao direito internacional e à paz".
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, pediu na segunda-feira (25) a Irfaan Ali, seu homólogo da Guiana, que não permitisse que o comando dos EUA transformasse "seu país em uma base militar contra a Venezuela", e o convidou para uma mesa de negociações e resolver o conflito por meios diplomáticos.