"Essas forças têm sido usadas ativamente desde o início da operação. Portanto, alguns dos grupos de mercenários mais bem coordenados são formados em unidades separadas, para que não lutem como parte de algumas unidades puramente ucranianas, mas tenham as suas próprias unidades de coordenação de combate, usando sua experiência anterior", continuou ele.
Quantos mercenários estrangeiros lutam na Legião Internacional?
Quanto ganham os mercenários?
"Uma vez que a Ucrânia é financiada pelo Ocidente coletivo, principalmente pelos Estados Unidos da América e outros países europeus, não é um problema particular financiar a legião. Bilhões de dólares são alocados para apoio militar à Ucrânia. Portanto, a Legião Internacional também recebe tudo isso. Ou seja, vem do fundo geral que Kiev recebe do Ocidente", explicou Reshetnikov.
"Dê-nos algumas armas, por favor", escreveu James Vasquez, 47, um veterano militar dos EUA, no X (anteriormente Twitter) em abril de 2022. "Não ganharemos com 'armas lixo'. Precisamos de M16, M4, ACOGs [um tipo de mira telescópica], pontos vermelhos, munições e dardos", afirmou. Segundo ele, se não for possível enviar armas boas, a aliança militar "pode muito bem enviar os sacos de corpos".
Por que a Legião Estrangeira se mostrou ineficaz?
Por que os mercenários deixam as fileiras da legião?
John McIntyre, um ex-soldado de primeira classe do Exército dos EUA que teria sido expulso da Legião Estrangeira da Ucrânia por "mau comportamento", disse à imprensa russa em fevereiro sobre seu desencanto com a causa ucraniana e a forte influência nazista nas Forças Armadas ucranianas. "Quando cheguei, fiquei realmente surpreso. Todo mundo tinha tatuagens e simbolismo nazista", disse o combatente norte-americano.
"Muitos de nós éramos mal pagos ou nem sequer pagos. Foi difícil para nós nos defendermos porque não sabíamos falar russo ou ucraniano. No entanto, a minha unidade não foi exterminada. Após as primeiras perdas, fomos principalmente enviados para áreas que eram menos perigosas. Mas também vi imagens de um comandante que via os voluntários apenas como bucha de canhão", disse Kratzenberg.
Outro lado da moeda
"Alguns deles são profissionais disfarçados de mercenários, que foram enviados [para a Ucrânia] como se estivessem 'de férias' ou 'de licença'", destacou o veterano do SVR. "Bem, aparentemente, a liderança militar ucraniana acredita que destacamentos individuais de mercenários estão prontos para o combate o suficiente para constituir algum tipo de força, então eles formam unidades separadas deles. Acho que também existem outras unidades lá, menores, consistindo inteiramente de mercenários. Mas, repito, o termo 'mercenário' é bastante condicional. Muitos deles são enviados como militares profissionais sob o disfarce de mercenários, a pedido do lado ucraniano", afirmou.