Em apenas seis meses, os salários do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do general Walter Braga Netto e de mais dez assessores custaram R$ 870 mil ao Partido Liberal (PL), com recursos do Fundo Partidário, segundo levantamento do site UOL com base na prestação de contas do partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda segundo o site, a média salarial de Bolsonaro é de R$ 30,4 mil, equivalente à dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda acumula aposentadorias como capitão da reserva do Exército e deputado federal, que somam R$ 34 mil mensais, em valores líquidos.
Já os salários de Michelle Bolsonaro, que exerce o comando do PL Mulher, e Braga Netto, que assumiu o cargo de secretário nacional de Relações Institucionais, estão na casa dos R$ 7,8 mil, proporcionais à média salarial de deputadas e deputados federais.
No cargo de secretário nacional de Relações Institucionais, Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro na última eleição, e cinco assessores receberam R$ 416 mil no primeiro semestre.
O coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo, que foi tesoureiro da campanha de Bolsonaro, recebeu R$ 101 mil em salários nos últimos seis meses.
Os valores do segundo semestre ainda não foram apresentados ao TSE. Aporte de recursos públicos para financiar atividades dos partidos políticos, o Fundo Partidário distribuiu R$ 501,4 milhões no primeiro semestre de 2023, e o maior beneficiado foi o PL, por ter a maior bancada na Câmara, que recebeu R$ 77,4 milhões.