Ao fundo do problema orçamentário do Congresso norte-americano, o Pentágono emite avisos de que os recursos de auxílio ao país eslavo estão chegando ao fim. Internacionalmente, funcionários e militares do alto escalão da União Europeia e do Reino Unido já demonstram cansaço em prover recursos à Ucrânia. Nesse contexto, cabe então a parlamentares americanos convencer seus colegas a aprovarem novos financiamentos à Ucrânia.
Legisladores do Congresso em desacordo
Apesar dos líderes democrata e republicano, Chuck Schumer e Mitch McConnell, afirmarem estar trabalhando de maneira ágil para encontrar uma solução orçamentária para o país, que inclua os pedidos do presidente Joe Biden de recursos para a Ucrânia, outros parlamentares querem cautela. Senador republicano da Flórida, Rick Scott afirmou que o Congresso precisa "conversar com o público americano".
"No meu estado, as pessoas querem ser úteis para a Ucrânia, mas também querem ser úteis para os americanos. Então eles querem realmente entender como esse dinheiro foi gasto."
Vale a pena notar que a ajuda de Washington ao regime de Kiev já atingiu um total impressionante de US$ 78,8 bilhões (R$ 406,19 bilhões), desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia. Declarações do controlador do Pentágono, Michael McCord, apontam que ainda restam cerca de US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) nos cofres americanos reservados para Kiev.
"Sem financiamento adicional agora, teríamos que atrasar ou reduzir a assistência para satisfazer as necessidades urgentes da Ucrânia, incluindo a defesa aérea e munições que são críticas e urgentes", afirmou McCord.
Para Michael Maloof, ex-analista sênior de política de segurança do Gabinete do Secretário de Defesa dos EUA, o povo americano não apoia o repasse de recursos a Zelensky. "É uma invenção da imaginação de Joe Biden e Victoria Nuland [subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA]", disse.
"Eles não querem a guerra com a Rússia. Eles veem que é para onde isso está indo e eles estão preocupados porque estamos em uma ladeira escorregadia. Isso se reflete no que estamos vendo agora no Congresso em termos de uma potencial assistência futura à Ucrânia. Não sei se tudo será interrompido imediatamente, mas acho que será reduzido significativamente nos próximos meses."