Em um comunicado publicado em seu site, nesta quarta-feira, o Ministério do Comércio da China expressou forte insatisfação e firme oposição à decisão da UE de investigar os subsídios aos NEV chineses. O ministério afirmou ainda que deve seguir de perto o procedimento e pretende garantir firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.
Segundo o Global Times (GT), a UE exigiu negociações com o lado chinês em um prazo extremamente curto e não forneceu materiais eficazes para sua realização, o que violou gravemente os direitos da China.
O ministério observou ainda que no 10º Diálogo Econômico e Comercial de Alto Nível China-UE, realizado no final de setembro, o lado chinês afirmou que a investigação proposta pela UE é protecionismo flagrante e visa proteger a indústria do bloco sob o pretexto de "comércio justo", cujas medidas vão perturbar e distorcer gravemente a cadeia industrial e de abastecimento automobilístico global, resultando em impactos negativos.
A China instou a UE a ter cautela na aplicação de medidas de reparação comercial, considerando o panorama geral da manutenção da estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais e da parceria estratégica abrangente China-UE.
"A UE deve encorajar uma cooperação aprofundada na nova indústria energética que tem os NEVs como uma das suas pontas de lança, e criar um ambiente de mercado justo, não discriminatório e previsível para o desenvolvimento comum da indústria de veículos elétricos [VEs] China-UE", afirmou o Ministério.
Nos últimos anos, a indústria de VEs da China tem registado um rápido desenvolvimento graças ao investimento constante do setor e à construção de uma cadeia industrial e de abastecimento completa. A consultora automobilística Inovev afirma que 8% dos novos VEs vendidos na Europa em setembro deste ano eram chineses.
Em 2022, os fabricantes de automóveis chineses exportaram 545.244 NEVs para a Europa, representando 48,66% de todas as exportações do veículo, mostraram dados da Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros divulgados pela CNN.