Nesta quinta-feira (5), um comunicado do governo eslovaco disse que os líderes do país não assinarão um pacote que estava sendo preparado pelo Ministério da Defesa para Kiev, segundo a AP News.
A presidente Zuzana Caputova recusou um plano do governo interino para enviar mais ajuda militar argumentando que não tem autoridade para isso, e que os partidos que se opõem a esse apoio estão em negociações para formar um governo após a eleição da semana passada.
Em sua declaração, a presidente afirmou que "a aprovação de um pacote de ajuda militar pelo atual governo cessante criaria um precedente arriscado para a mudança de poder após quaisquer eleições futuras".
Entretanto, o gabinete presidencial eslovaco deixou claro que Caputova não mudou a sua opinião sobre a assistência militar ao país do Leste Europeu. A líder pediu a Robert Fico na segunda-feira (2) que tentasse formar um governo de coalizão.
O ex-primeiro-ministro e seu partido Smer obtiveram 22,9% dos votos no sábado (30) e terá 42 assentos no parlamento de 150 assentos. Fico precisa de encontrar parceiros de coalizão para governar com maioria parlamentar e tem negociado com outros dois partidos. Ele recebeu duas semanas para tal tarefa.
Fico prometeu retirar o apoio militar da Eslováquia à Ucrânia, e a sua vitória poderá prejudicar ainda mais a frágil unidade na União Europeia e na OTAN, diz a mídia.
Bratislava tem ajudado Kiev doando armas, incluindo a sua frota de caças MiG-29 da era soviética. O governo provisório planejava enviar munições e treinar soldados ucranianos em desminagem.
A decisão de não enviar o pacote de ajuda militar surge em uma fase crítica para a contraofensiva de Kiev. Os Estados Unidos também retiraram o financiamento para o país em uma lei de gastos para evitar uma paralisação do governo no último sábado (30).