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Delegado do caso Jairinho chefia apuração da execução de 3 médicos no Rio: 'Resolver o quanto antes'

Henrique Damasceno, delegado do caso do menino Henry, que prendeu o ex-vereador da cidade do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, vai chefiar o caso da morte do irmão da deputada Sâmia Bonfim. A informação foi dita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (5).
Sputnik
Na madrugada desta quinta-feira (5), três médicos que estavam no Rio de Janeiro para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo foram assassinados na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um quarto está hospitalizado.
Entre os médicos está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) e cunhado do também deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ).
Henrique Damasceno, diretor do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil fluminense, tem em seu histórico a solução do caso de Henry Borel, a morte acidental do cantor de funk MC Kevin e a prisão de Bernardo Bello, um dos principais nomes da contravenção carioca.

"O que eu asseguro aos senhores é que todos os protocolos de homicídios estão sendo adotados. A Polícia Civil está se utilizando de todas as ferramentas possíveis para conseguirmos o máximo de provas o quanto antes para dar a efetiva resposta a esse caso. É uma investigação de um crime grave, evidentemente. Todo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, e também outras unidades da Polícia Civil, estão absolutamente empenhadas em resolver essa questão o quanto antes", afirmou Damasceno.

Polícia investiga o caso como execução

Pelas filmagens do quiosque onde as vítimas estavam, o caso apresenta características de execução, segundo a polícia.
Os criminosos saíram rapidamente do carro em que estavam e começaram a disparar contra o grupo. Pelo menos 33 tiros foram descarregados contra o grupo de médicos.
No vídeo os assassinos ainda são vistos voltando ao local para tentar recolher cápsulas de balas e verificar se as vítimas estavam mortas.
Nenhum bem foi retirado das vítimas. Ainda não se sabe os possíveis motivos por trás da execução.
Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, afirmou em entrevista que o crime "não ficará impune".
Nas redes sociais, Castro também afirmou que a Polícia Civil já está recolhendo imagens de câmeras de segurança da região.
Nas filmagens do quiosque nenhum dos criminosos aparece com o rosto escondido. Nenhum suspeito ainda foi identificado.
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São Paulo e Governo Federal vão auxiliar nas investigações

O governador do Rio afirmou também que já conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que colocou a Polícia Federal à disposição da investigação. A princípio, afirmou Dino, não há indícios para federalizar o caso.
Por se tratar de cidadãos paulistas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai enviar duas equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa paulista para auxiliar as autoridades fluminenses nas investigações.
A primeira, composta por um delegado e quatro investigadores, saiu de helicóptero do aeroporto Campo de Marte. A segunda, composta também por um delegado e quatro investigadores, está a caminho de carro.

Quem são as vítimas

Diego Ralf de Souza Bomfim: médico especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Diego era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP). O médico, de 35 anos, chegou a ser socorrido, mas teve a morte confirmada no Hospital Municipal Lourenço Jorge;
Marcos de Andrade Corsato: médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Tinha 62 anos e morreu na hora;
Perseu Ribeiro Almeida: era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Tinha acabado de completar 33 anos, na última terça-feira (3). Também morreu na hora;
Daniel Sonnewend Proença: formado pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema), no interior paulista, em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica. Com 32 anos de idade, foi levado com vida ao Hospital Municipal Lourenço Jorge e está ferido com três tiros.
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