Panorama internacional

Em reviravolta, Biden decide ampliar muro entre EUA e México; Trump exige desculpas

O governo do presidente Joe Biden disse que acrescentará seções a um muro de fronteira para evitar travessias recordes de migrantes vindos do México, uma reversão que abraça uma política de assinatura do ex-presidente Donald Trump.
Sputnik
Nesta quinta-feira (5), a administração Biden, em uma importante mudança política, anunciou a construção rápida de cerca de 32 quilômetros extras de muro ao longo da fronteira entre os Estados Unidos e o México, no Vale do Rio Grande, Texas, de acordo com a CNBC.
Durante a sua campanha de 2020, Joe Biden prometeu que não seria construído "nenhum milímetro a mais de muro" durante a sua administração.
Uma de suas primeiras ações após assumir o cargo em janeiro de 2021 foi emitir uma proclamação prometendo que "não serão desviados mais dólares dos contribuintes americanos para construir um muro fronteiriço", bem como uma revisão de todos os recursos que já tinham sido comprometidos.
Hoje (5), a administração disse que a ação não se desviava da proclamação de Biden porque o dinheiro que foi alocado durante o mandato de Trump em 2019 tinha de ser gasto agora.

Questionado pelos jornalistas se o muro fronteiriço funciona, Biden disse "não", mas a administração tinha de usar o dinheiro. "Não posso impedir isso", afirmou.

Logo após o anúncio, Trump foi rápido em reivindicar vitória e exigir um pedido de desculpas.
"Como já afirmei muitas vezes, ao longo de milhares de anos, existem apenas duas coisas que funcionaram consistentemente: rodas e paredes! Joe Biden pedirá desculpas a mim e à América por demorar tanto para agir […]", declarou Trump em redes sociais.
Falando na sua conferência de imprensa diária, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, criticou o anúncio, dizendo que um muro é "contrário" ao que o presidente Biden tinha defendido anteriormente.
"Entendo que há uma forte pressão de grupos políticos de extrema direita nos Estados Unidos", disse o presidente mexicano citado pela BBC.
Cerca de 245 mil entradas ilegais no Vale do Rio Grande ocorreram desde outubro de 2022, segundo o governo federal.
O governador democrata JB Pritzker, de Illinois, criticou a forma como o governo Biden lidou com a crise migratória em uma carta esta semana e classificou a situação como "insustentável", criticando a administração pela "falta de intervenção e coordenação na fronteira".
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