Panorama internacional

'Na Alemanha de hoje, a reabilitação do nazismo está em pleno andamento', diz MRE russo

Representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova critica pressão do Parlamento alemão pelo envio de mísseis de cruzeiro à Ucrânia.
Sputnik
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou, nesta quinta-feira (5), as declarações da presidente do Comitê de Defesa do Parlamento alemão, Marie-Agnes Strack-Zimmermann, que recentemente afirmou que a Alemanha deveria fornecer imediatamente mísseis de cruzeiro Taurus à Ucrânia.
Nesta quinta-feira, em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), Zimmermann disse que o atraso no envio dos mísseis custa vidas humanas. "A hesitação contínua [de Olaf Scholz, chanceler alemão], com argumentos questionáveis, ​​simplesmente custa vidas humanas. Incompreensível", escreveu a parlamentar alemã.
As declarações de Zimmermann remetem à pressão do Parlamento sobre Scholz, que vem atrasando deliberadamente a entrega dos mísseis a Kiev por temer a retaliação de Moscou.
Em uma publicação em sua conta no Telegram, Zakharova rebateu as declarações de Zimmermann.

"O Ocidente não pretende desistir do objetivo de infligir uma derrota estratégica à Rússia, tal como planeja. Há apelos no Parlamento alemão para transferir rapidamente mísseis de cruzeiro Taurus para Kiev. Isso foi afirmado pela presidente do Comitê de Defesa, Marie-Agnes Strack-Zimmermann. Ela enfatizou que considera justificados os potenciais ataques das Forças Armadas da Ucrânia em território russo com esses mísseis", disse Zakharova.

Operação militar especial russa
Zelensky 'batiza' batalhão com nome de líder nacionalista que esteve com Hitler

"Tal declaração, imbuída de russofobia e revanchismo, sugere que Berlim ainda não percebeu ao que poderia levar o seu insensato fornecimento de armas ao regime criminoso de Kiev", acrescentou.

Zakharova destacou que há poucos dias o Parlamento alemão se recusou a acatar um pedido da oposição para uma investigação pública sobre as atividades da 14ª Divisão de Voluntários SS Galícia, que contava com soldados ucranianos, durante a Segunda Guerra Mundial. A recusa se deu sob o argumento de que o governo alemão não é favorável a chamar de nazistas admiradores de Stepan Bandera, que foi colaboracionista nazista ucraniano durante a guerra.
Em sua postagem, Zakharova diz que os fatos mostram que "as autoridades alemãs se esqueceram das lições da história, embora devessem lembrar delas mais do que os outros".

"Vemos o oposto. Berlim nega o fato da cooperação entre os nacionalistas ucranianos e o Terceiro Reich de Hitler. Daí a conclusão lógica: na Alemanha de hoje, a reabilitação do nazismo está em pleno andamento", concluiu Zakharova.

Comentar