"O presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, recebeu um telefonema do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken", disse a WAFA.
Abbas disse a Blinken que os acontecimentos deste sábado (7) foram o resultado de ações do Exército e dos colonos israelenses contra o povo palestino, e também de um ataque à mesquita de Al-Aqsa.
O presidente palestino sublinhou que o descumprimento por parte de Israel da resolução do direito internacional está levando a situação a uma escalada.
Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA observou que o seu país está trabalhando com todas as partes no conflito para travar a escalada, e enfatizou a importância de manter contatos.
Em nota, o Departamento de Estado dos EUA disse que "o secretário de Estado, Antony J. Blinken, falou hoje com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O secretário reiterou a condenação inequívoca dos Estados Unidos aos ataques terroristas do Hamas contra Israel e apelou a todos os líderes da região para os condenarem. O secretário instou a Autoridade Palestina a continuar e aprimorar as medidas para restaurar a calma e a estabilidade na Cisjordânia".
O jornal The Jerusalem Post informou anteriormente que o número de mortos em Israel durante a escalada do conflito israelo-palestino subiu para pelo menos 250.
De acordo com o diário The Times of Israel, pelo menos 1.452 pessoas ficaram feridas e hospitalizadas em Israel.
Na manhã deste sábado (7), Israel sofreu um ataque de foguetes sem precedentes vindo da Faixa de Gaza.
A assessoria de imprensa do Exército israelense informou que mais de 3 mil foguetes foram lançados em todo o país.
Além disso, dezenas de palestinos armados infiltraram-se nas zonas fronteiriças no sul de Israel. Os militares israelenses estão tentando recuperar as áreas povoadas.
O braço militar do movimento palestino Hamas anunciou no sábado a Operação Al-Aqsa Flood contra Israel.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram o lançamento da operação Espadas de Ferro contra o Hamas na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em discurso à nação, disse que Israel está em estado de guerra e que ordenou uma mobilização generalizada de reservistas.
Mahmoud Abbas, em uma reunião de emergência com vários oficiais, enfatizou o direito do povo palestino à autodefesa contra as tropas e os colonos israelenses.