Desde o início da operação militar especial da Rússia para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, a guerra com drones foi levada a uma escala sem precedentes.
Veículos não tripulados – começando com quadricópteros de consumo e terminando com drones kamikaze Lancet e Orlans – são usados pelos militares russos para assalto, reconhecimento e operações psicológicas.
"Agora todo mundo entende que é uma guerra de drones. Não é uma fantasia de um futuro cyberpunk. É realmente uma realidade. Um drone chinês pode matar mais pessoas do que um atirador que realmente é como um especialista", observou Altai.
Como? Um drone pode guiar a artilharia, pode guiar ataques aéreos e, obviamente, isso é muito mais poderoso do que qualquer fuzil de precisão.
De acordo com operador de drones, esses aparelhos facilitam muito o trabalho dos militares, porque com a ajuda da tecnologia "você pode dizer [aos artilheiros] onde exatamente o inimigo está. À direita, a leste, a oeste. É muito importante. E você também pode soltar granadas e bombas".
Além disso, quando se trata de reconhecimento, um pequeno drone silencioso pode observar as posições de um adversário a cerca de 200 metros de distância. Não se pode vê-los, não se pode ouvi-los, mas um operador de drones observa de perto o que está acontecendo no chão.
"É uma questão muito importante para os drones. Parece um jogo. [O operador do drone] não o vê. Ele apenas vê algumas imagens no controlador. E se é de noite, então [ele] apenas vê imagens térmicas, um ponto branco na tela", enfatizou Altai.
A nova guerra de drones na Ucrânia levou os armeiros da Rússia a desenvolver novos sistemas não tripulados e soluções de guerra eletrônica para derrubar os drones.
Além disso, os designers militares russos criaram novos equipamentos de proteção contra drones, levando em conta a experiência da operação militar especial na Ucrânia.
Assim, a Rússia continua a desenvolver novas armas "baseadas em novos princípios físicos", incluindo armas a laser. Uma delas, um sistema misterioso de laser de combate, conhecido como Zadira, capaz de incinerar drones em segundos a distâncias de até 5 km na Ucrânia, já foi testada no conflito para derrubar drones ucranianos.