Panorama internacional

Ataque do Hamas é grande golpe no impulso de Biden pela normalização saudita-israelense, diz mídia

A campanha do presidente dos EUA, Joe Biden, para chegar a um acordo de paz histórico entre a Arábia Saudita e Israel sofreu um golpe com o ataque do Hamas.
Sputnik
De acordo com o portal Axios, a Casa Branca e o mundo estão se preparando para uma resposta exponencialmente mais poderosa de Jerusalém, que sempre respondeu de forma firme e dura a qualquer ataque do Hamas. A expectativa agora é de combates prolongados e alargados no Oriente Médio onde os EUA já estão posicionando forças de dissuasão.
Segundo a apuração, a Casa Branca e o Departamento de Estado realizaram ainda no sábado (7) uma série de telefonemas com países da região – incluindo o Egito, o Catar e a Turquia – e pediram por ajuda para acalmar a crise.
Os esforços diplomáticos da administração Biden no sábado também se concentraram em tentar impedir que a violência se expandisse para outras partes do Oriente Médio.

"Deixe-me dizer isto o mais claramente possível. Este não é o momento para qualquer parte hostil a Israel explorar estes ataques para obter vantagens. O mundo está observando", disse Biden.

Segundo a apuração, um alto funcionário dos EUA informou que Washington tentou minimizar o impacto potencial da atual crise nos esforços do governo Biden para conseguir um acordo com a Arábia Saudita e Israel.

"O Hamas e as outras organizações terroristas não inviabilizarão o processo de normalização em que estamos trabalhando — e, de qualquer forma, dissemos que ainda há um caminho a seguir", disse um funcionário do alto escalão do governo norte-americano.

Panorama internacional
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou com vários ministros das Relações Exteriores de países árabes que têm acordos de paz com Israel e pediu que condenassem as ações do Hamas.
Dentre as autoridades contactadas por ele, estava o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud. Após a ligação, Bin Farhan disse em comunicado que a Arábia Saudita rejeitava o ataque a civis, mas não condenou o ataque do Hamas.
Blinken planejava viajar para a região em meados de outubro e visitar Israel, Arábia Saudita e Marrocos, segundo autoridades dos EUA e de Israel. Após os últimos acontecimentos, não está claro ainda se a viagem vai ser mantida.
A parada de Blinken no Marrocos se concentraria em uma cúpula ministerial — adiada inúmeras vezes nos últimos meses em função da escalada de violência em Jerusalém — entre Israel e quatro outros países árabes com os quais assinou acordos de paz, informaram duas autoridades norte-americanas.
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