No dia anterior, o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico comunicou a ocorrência de vários terremotos com magnitudes de até 6,4 no oeste do Afeganistão, segundo o artigo da Reuters.
Um total de 2.053 pessoas morreram, 9.240 ficaram feridas e 1.320 casas foram danificadas ou destruídas, de acordo com o comunicado do Ministério para Situações de Emergência.
Alimentos, água potável, remédios, roupas e tendas são urgentemente necessários para o resgate e o socorro, disse Suhail Shaheen, chefe do Escritório Político do Talibã (grupo sancionado pela ONU por atividades terroristas) em Doha (Catar), em uma entrevista aos jornalistas.
Dez equipes de resgate estão trabalhando na área da província que faz fronteira com o Irã.
Mais de 200 mortos foram levados para vários hospitais, sendo a maioria mulheres e crianças. Foram montadas camas no exterior do principal hospital de Herat para acomodar o fluxo de vítimas, de acordo com fotos nas redes sociais.
"Quando tudo começou, estávamos de férias em casa, estava tremendo muito forte e levei toda a família para fora. Depois, sentíamos os tremores a cada meia hora, e não voltamos para casa. Não houve vítimas em Herat, mas vários vilarejos vizinhos foram varridos da face da terra", disse o morador de Herat Ahmad à Sputnik.
"Houve nove tremores de força variável ontem. Herat não foi afetada, apenas algumas casas foram destruídas, mas nas áreas rurais há mais de 2.500 mortos", afirmou o morador local Mohammad.
"Devido ao perigo de repetidos tremores, as pessoas passaram a noite inteira no exterior, onde dormiram", disse o morador local Abdullah.
O Afeganistão é frequentemente atingido por terremotos – especialmente na cordilheira Hindu Kush, que fica perto da junção das placas tectônicas da Eurásia e da Índia. Em junho do ano passado, a província de Paktika foi atingida por um tremor de magnitude 5.9, que matou mais de 1.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de desalojados.