Panorama internacional

Chanceler russo critica abordagem dos EUA à violência entre Israel e Palestina

A "monopolização" do processo de paz por Washington mina a resolução duradoura, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Para ele, a metodologia dos EUA se baseia em dizer "parem tudo imediatamente, Israel deve vencer, destruir os terroristas, e pronto".
Sputnik
O conflito, que já dura décadas, passou por diversos períodos de tensão, e "nunca depois da situação se acalmar foram realizados os esforços necessários para remover a principal causa que minava a estabilidade no Oriente Médio", afirmou Lavrov, se referindo ao fato de que os palestinos não têm um Estado-nação.
A Rússia considera que uma solução de dois Estados, tal como descrita nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, é o único caminho possível para a estabilidade da região e para o fim do conflito, mas nem Israel nem Washington parecem estar comprometidos com ela, observou o ministro. Em vez disso, "os americanos estão monopolizando os esforços de mediação".
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As falas de Lavrov foram feitas durante uma conferência de imprensa em Moscou, realizada em conjunto com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit. Ele afirmou ainda que a organização conquistou progressos recentes na redução das tensões entre vários países do Oriente Médio e desempenha um "papel crucial na melhoria da complexa situação regional". Moscou apoiará os esforços da Liga Árabe, reforçou Lavrov.
Washington declarou o seu total apoio a Israel nas hostilidades com o Hamas e procurou fazer com que os membros do Conselho de Segurança da ONU condenassem o grupo durante uma sessão de emergência no domingo (8).
Muitas nações árabes afirmaram que Israel era, pelo menos parcialmente, responsável pela violência, devido ao tratamento dispensado aos palestinos. Há anos os governos israelenses têm permitido a expansão das colônias, consideradas ilegais sob a luz do direito internacional, nos territórios palestinos da Cisjordânia. O enclave de Gaza, onde atua o Hamas, está sob bloqueio israelita desde 2007.
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