O Hezbollah lançou um ataque com foguetes contra o norte de Israel, hoje (9), em resposta à morte de pelo menos quatro de seus membros durante um bombardeio israelense na fronteira com o Líbano.
A troca de ataques marca uma escalada significativa no conflito, travado desde 2006, entre o Hezbollah e as forças israelenses.
O Hezbollah é uma organização militante que atua nos territórios do Líbano. Uma das suas principais causas é o enfrentamento ao Estado de Israel, contra o qual já travou diversos conflitos, o maior deles em 2006, na chamada Guerra do Líbano. O Hezbollah é aliado do Hamas, principal grupo islâmico atuante na Faixa de Gaza, enclave muçulmano sitiado por Israel desde 2007.
Na manhã de sábado (7), o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de 3 mil foguetes disparados a partir de Gaza e a infiltração de dezenas de palestinos armados em áreas da fronteira sul de Israel. Durante a incursão, pelo menos 100 israelenses, civis e militares, foram tomados como reféns e levados para Gaza.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra Gaza. Estima-se que mais de 900 pessoas foram mortas em Israel, sendo 260 no festival de música Universo Paralello. Em Gaza, o número de mortos é de pelo menos 690, segundo a Autoridade Nacional Palestina.
No último domingo (8), Israel foi alvo de um ataque feito a partir do Líbano, reivindicado pelo Hezbollah. O movimento afirmou ter disparado foguetes em solidariedade ao povo palestino.
Os alvos dos foguetes disparados pelo Hezbollah foram três posições militares israelenses baseadas em uma região conhecida como Fazendas Shebaa, localizada em um território ocupado por Israel desde 1967 e reivindicado pelo Líbano.
Nesta segunda-feira, as FDI realizam ataques aéreos contra três postos militares do Hezbollah, anunciando também o fim dos conflitos na fronteira com o Líbano. Pelo menos quatro membros do Hezbollah foram mortos no ataque.