Panorama internacional

Mídia: como Israel foi enganado quando Hamas planejou ataque devastador por 2 anos?

O Hamas palestino escondeu sua agenda militar nos últimos dois anos e convenceu Israel de que não quer a guerra e está interessado na estabilidade econômica, relatou a agência Reuters nesta segunda-feira (9).
Sputnik

Assim, o agrupamento palestino "usou uma tática de inteligência sem precedentes" para enganar Israel nos últimos anos, informou uma fonte da agência próxima ao Hamas.

Segundo a publicação, durante os preparativos, o Hamas construiu um assentamento israelense simulado em Gaza e treinou desembarque de tropas e seu assalto.
Além disso, o grupo filmou os exercícios. A fonte esclareceu que Israel os viu, mas estava convencido de que o Hamas não tinha planos de se envolver em hostilidades.
Ao mesmo tempo, muitos dos líderes da facção não estavam cientes dos planos específicos, pois o principal objetivo do Hamas era evitar vazamentos.
O Hamas, seguindo seus planos, nos últimos dois anos se absteve de operações militares contra Israel, pelas quais foi criticado por alguns apoiadores, escreve a Reuters.

Tudo isso amplificou a impressão de que "Hamas tinha preocupações econômicas e não uma nova guerra em sua mente".

Reuters observa que, após a escalada em 2021, Israel procurou garantir um nível básico de estabilidade econômica em Gaza, permitindo que seus residentes trabalhassem em um país onde os salários são dez vezes maiores.
Uma fonte de segurança israelense admitiu à agência que eles haviam sido enganados pelo Hamas.

"Este é o nosso 11 de setembro. Eles nos pegaram", afirmou o major Nir Dinar, chefe do Departamento de Imprensa Internacional das Forças de Defesa de Israel (FDI).

No início da manhã de sábado (7), os radicais de Gaza lançaram centenas de foguetes contra o território israelense, foram relatadas incursões de militantes em áreas fronteiriças de Israel. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.
Em resposta ao ataque, as Forças de Defesa de Israel anunciaram o lançamento da operação antiterrorista Espadas de Ferro na Faixa de Gaza.
O Hamas justificou as suas ações pelo aumento dos confrontos com as forças israelenses nos últimos meses na mesquita de Al-Aqsa, local considerado sagrado para os muçulmanos.
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