Falando na condição de anonimato, uma fonte sênior de segurança árabe em Beirute, com conhecimento do funcionamento interno da Força Quds, do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), rejeitou fortemente os relatos de que o ataque dos palestinos no sábado (7) se seguiu a uma série de encontros secretos entre autoridades árabes e iranianas no Líbano.
Em declarações ao portal, a missão do Irã nas Nações Unidas também rejeitou veementemente a noção do envolvimento da Força Quds na tomada de decisões sobre a ofensiva do movimento Hamas.
"As decisões tomadas pela resistência palestina são firmemente autônomas e inabalavelmente alinhadas com os interesses legítimos do povo palestino", disse a missão iraniana.
"Estamos enfaticamente apoiando inabalavelmente a Palestina; no entanto, não estamos envolvidos na resposta da Palestina, uma vez que é tomada apenas pela própria Palestina. Eles [Israel] estão tentando justificar seu fracasso e atribuí-lo ao poder de inteligência e planejamento operacional do Irã", acrescentou a missão.
Vale ressaltar que, no domingo (8), The Wall Street Journal citou várias fontes, incluindo membros anônimos dos grupos militantes Hamas e Hezbollah, dizendo que oficiais do IRGC estiveram ajudando a planejar o ataque a Israel desde agosto. Segundo a notícia, o IRGC também "deu luz verde" para a operação em uma reunião em Beirute, Líbano, na passada segunda-feira (2).
No início da manhã de sábado (7), os radicais de Gaza lançaram centenas de foguetes contra o território israelense, foram relatadas incursões de militantes em áreas fronteiriças de Israel. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.